Pneumonia: Diagnóstico e Tratamento - Affidea Portugal

November 10, 2022

Pneumonia – diagnóstico, sintomas e abordagem terapêutica

Uma Pneumonia não é mais que uma inflamação provocada por um agente infectante (bactérias, vírus, fungos ou parasitas) nos pulmões, ou seja no local onde ocorrem as trocas gasosas indispensáveis à nossa respiração.

Pneumonia: Um Olhar Sobre Prevenção e Diagnóstico

Segundo a OMS a doença mata mais de três milhões de pessoas por ano, contando com quase mais de 400 mil mortes infantis. Em Portugal as pneumonias são a principal causa de mortalidade respiratória. Antes da Pandemia morriam em média 16 pessoas por dia o que correspondia a um terço das mortes por doença respiratória.

A gravidade duma pneumonia depende da quantidade de pulmão afectado, da idade do doente e do seu estado de saúde geral. As vítimas mais frequentes são aqueles que têm maiores défices nos seus sistemas imunológicos como as crianças, os idosos e os doentes crónicos que sofram de comorbilidades (fatores/grupos de risco) como a DPOC, diabetes mellitus, doença cardíaca, hepática ou renal crónica, neoplasia, alcoolismo ou status pós esplenectomia.

O diagnóstico precoce duma pneumonia é fundamental para que se possa iniciar de imediato um tratamento e assim evitar evolução desfavorável e possíveis complicações ou sequelas. Desta forma é importante uma correta avaliação clínica para valorizar os sintomas habituais causados por uma Pneumonia, normalmente de início agudo ou sub-agudo, como é o caso da febre, da tosse com ou sem expectoração e da dispneia. Em alguns doentes podem ainda surgir hipersudorese, arrepios, calafrios, fadiga, mialgias, anorexia, cefaleias, confusão (idosos), desconforto torácico, dor tipo pleurítico, hemoptise e dor abdominal. Nos idosos, a pneumonia apresenta-se frequentemente com sintomas inespecíficos e sem febre pelo que pode ser mais difícil de detetar.

A confirmação do diagnóstico de pneumonia requer habitualmente a realização duma radiografia de tórax mostrando um infiltrado do parênquima pulmonar e que permite também avaliar a gravidade da doença e a resposta futura ao tratamento. Pode ainda ser adequado realizar um exame cultural da expectoração principalmente em pessoas com doenças crónicas ou com fatores de risco. Se estiver disponível, deve ainda de ser determinada a saturação de oxigénio por oximetria de pulso.

Habitualmente tratamos uma pneumonia empiricamente com antibióticos pela probabilidade de ter origem bacteriana, mas não devemos esquecer a possibilidade de outros agentes poderem estar envolvidos.

Ao nível da prevenção, a vacinação específica contra as pneumonias protege das formas mais agressivas da doença e deve ser administrada naqueles que fazem parte dos grupos de risco. Estes também devem de ser vacinados contra a gripe.

Outras medidas preventivas podem incluir o uso de máscara, o controlo de doenças associadas, o abandono de hábitos como o tabagismo ou o alcoolismo, e a adopção de práticas saudáveis, incluindo o exercício físico, uma alimentação equilibrada e a ingestão de líquidos, a par da fundamental higienização regular das mãos. Ainda assim, durante o tratamento de uma pneumonia, quase sempre o doente deve de cumprir algum repouso.

 

Dr Gonçalo Salvado